quarta-feira, 2 de abril de 2014

CHOCOLATE LITERÁRIO - 2014




Em janeiro deste ano foi comemorado o Centenário de Orlando Villas Boas e a Escola Municipal Luiza Terra de Andrade decidiu prestigiar este brasileiro no evento do Chocolate Literário no dia 26 de abril de 2014 .
Orlando Villas Boas (1014-2002), Sertanista e indigenista brasileiro nascido em Santa Cruz do Rio Pardo, interior de São Paulo, responsável pelo primeiro contato com os caiapós, em meados dos anos 50 e integrante do grupo mais famoso de irmãos indigenistas da história silvícola do país. Jovens escriturários, ele e os irmãos Claudio (morto em 1998) e Leonardo (morto em 1961) se integraram na expedição Roncador-Xingu, criada pelo governo federal (1943), com o objetivo principal de desbravar áreas até então desconhecidas do Centro-Oeste e da Amazônia. 
Admirador dos ideais do marechal Cândido Rondon (1865-1958), que instituiu no país uma política de proteção ao índio e respeito às suas terras, tendo como lema "morrer se preciso for matar, nunca", participou do primeiro contato com várias tribos. Sua experiência com os índios levou-o a propor a criação de um parque indígena, onde pudessem conviver várias tribos cuja sobrevivência estava ameaçada pela expulsão de suas terras. No mesmo ano (1961) da morte de Leonardo, foi criado, pelo presidente Jânio Quadros (1917-1992), com a participação do antropólogo Darci Ribeiro (1922-1997), o Parque Nacional do Xingu (MT), com 26 mil km2, do qual o sertanista foi seu primeiro presidente (1961-1967). Casou-se (1969) com Marina, enfermeira do Parque Nacional do Xingu, com quem teve dois filhos: Orlando Villas-Boas Filho, o Vilinha, e Noel. Aposentou-se (1978) pela Fundação Nacional do Índio, a FUNAI, mas continuou a defender a causa indígena prestando assessoria à entidade. Ele e Cláudio foram indicados duas vezes (1971/1975) para o Prêmio Nobel da Paz. Em fevereiro (2001) acompanhou o desfile da escola de samba Camisa Verde e Branco, em São Paulo, feito em sua homenagem, com o título do samba-enredo Sertanista e Indigenista Sim. Mas Por Que Não? Orlando Villas Bôas. . Escreveu vários livros, ganhou o prêmio Jabuti de melhor livro-reportagem, recebeu a medalha da Real Sociedade de Geografia, da Inglaterra (1967) e, ao lado de Cláudio, o prêmio Geo (1984), concedido pela revista alemã de mesmo nome, das mãos do ex-chanceler e prêmio Nobel da Paz, Willy Brandt. Ambos também receberam a primeira edição do prêmio Estado de S. Paulo (1990), com uma dotação de equivalente a US$ 100 mil. O jornal inglês The Sunday Times incluiu (1991) os irmãos Villas Bôas entre as mil pessoas que fez o século 20, por seus esforços pela sobrevivência dos índios, e por suas atividades como exploradores, cientistas, pensadores e políticos.


Ao procurar a melhor maneira de chamar a atenção ao assunto, Orlando deparou-se com a nova fronteira da tecnologia on-line. "Nem imagino o que significa isso", comentou durante uma visita a redação da Agência Estado, quando soube que terias milhões de page-views por mês. "Mas quanto mais gente vir isso melhor," completou com seu habitual bom humor.

 

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